Neurocosméticos: a beleza e o cérebro

Neurocosméticos: a beleza e o cérebro

A cientista cosmética Antonia Kostic e o conselheiro da Sociedade de Químicos Cosméticos de Nova York, Giorgio Dell'Acqua, são coautores de um artigo sobre por que os neurocosméticos, que são produtos com ingredientes que ativam a produção de neuromediadores ou têm como alvo seus receptores na pele, apresentam à indústria de skincare diversos caminhos para preservar e melhorar a saúde da pele.
No início do século XXI, o dermatologista Professor Laurent Misery definiu os neurocosméticos como “produtos aplicados externamente que influenciam o sistema nervoso cutâneo ou impactam os mediadores da pele, sem serem absorvidos pela pele”
A pele é o maior e extremamente complexo órgão do corpo humano.
Junto com o sistema nervoso, origina-se do ectoderma. Ao considerar a neuroanatomia da pele, ela pode ser dividida em duas classificações principais: o sistema nervoso epidérmico e o sistema nervoso dérmico.
Ambas as entidades participam de funções nos sistemas sensorial periférico, autônomo e nervoso central.  A pele responde às mudanças no ambiente gerando estímulos – como neurotransmissores – para transmitir a informação ao sistema nervoso. 
Os neurotransmissores são inerentemente produzidos por vários tipos de células da pele, incluindo queratinócitos, melanócitos, fibroblastos, etc. Entre aproximadamente 200 neurotransmissores, 25 são detectados na pele. 

 

Ingredientes neurocosméticos disponíveis no mercado

Diversos ingredientes ativos disponíveis no mercado têm a função de intervir nestes processos sensoriais como: a Rhodiola Rosea, Prodizia, Extrato da Pichia anomala, Mentha piperita, Neutrazen e Neurofense.

 

Estresse e envelhecimento são outros fatores que desempenham um papel no desenvolvimento da neurocosmética

O estilo de vida acelerado e a exposição prolongada ao cortisol, um hormônio do estresse, levam à cascatas prejudiciais que resultam em inflamação, atrofia do colágeno e redução do crescimento celular.

A pele parece opaca e cansada devido à elasticidade diminuída, à função de barreira cutânea comprometida e ao aparecimento de linhas finas e rugas.

 
A neurodegeneração é um processo inerente que progride com o envelhecimento. Pesquisas demonstram um impacto na interação entre neurônios e fibroblastos que leva a um declínio nas proteínas da derme, como colágeno, elastina e fibroblastos. 

NEUROPSICOSMÉTICOS: Uma nova tendência!

Os neurocosméticos são uma nova tendência em cuidados com a pele, envolvendo produtos com ingredientes especializados que ativam a produção de neuromediadores ou direcionam seus receptores na pele. Esses produtos proporcionam sensações sensoriais únicas (por exemplo, frio, calor), mantêm o equilíbrio neuro-hormonal (por exemplo, dopamina cutânea) e abordam alterações fisiológicas, como melhorar a barreira da pele e reduzir rugas. 

Apesar de que o tato, o olfato, o paladar, a audição e a visão serem categorizados como experiências separadas, um número crescente de estudos revelou as conexões entre essas sensações. No que diz respeito aos dermocosméticos, foi demonstrado que tanto a textura como o cheiro têm um impacto notável no bem-estar, bem como na preferência geral pelo produto.

Os neurocosméticos oferecem uma abordagem holística aos cuidados com a pele, combinando ciência e prazer sensorial para rotinas de cuidados com a pele mais eficazes e agradáveis. Leva a melhorias na aparência física, satisfação interior e bem-estar geral. Esta revolução é uma emocionante mudança de paradigma na indústria cosmética.

 

 

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